terça-feira, 23 de junho de 2009

A história

Era a terceira ou quarta vez que eles se encontraram. Ela já não tinha certeza dos números, o que já significavam uma mudança de comportamento... afinal havia se cansado de quantificar tudo o que dizia respeito a si mesma e a partir daquele momento queria entender melhor da qualidade dos encontros, da qualidade das pessoas e não mais da metrificação que insistia em colocar em todo mundo que conhecia. Ela perceberá enfim que racionalizar tudo o que estava ao seu alcance nunca havia funcionado de fato. Quanto a ele.. ahh.. isso ela não sabia, não sabia o que se passava na sua cabeça, apesar que querer loucamente descobrir se o que saia de sua boca era de fato o que ele pensava..ela decidiu não querer ter controle do que não podia e para não entrar numa paranoia, se apegou aos fatos, aos atos e aos beijos no pescoço.. aqueles que lhe faziam bem.
Ainda não estava acostumada com aquele jeito de falar, de pegar na mão, com aquele jeito de sorrir... mas novamente fez o exercicio de se atentar a sincronicidade daquele movimento, ao encaixe da cabeça no ombro dele.
A moça adorava este novo exercicio e pela primeira vez em muito tempo conseguiu ser ela mesma logo no começo, percebeu que adorava o riso fácil daquele menino bonito e se deixava levar pelas bobeiras que ele sussurava no seu ouvido e que deixava seu rosto mais leve.
Sim sim, ela se deixou levar e sabia exatamente ( ou pelo menos achava que sabia) que estava se deixando e mais uma vez, pela primeira vez não resistiu, se fez presente de forma contrari ao resto de sua vida.
Ela se deixou levar pelo vinho, pelo dia frio, pela mão sobre a sua, pelo carinho inesperado...
sim.. ela se deixou levar e ele a levou...

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