sábado, 28 de novembro de 2009

Das Dores, o prazer é meu.

Das Dores, ela se apresentou. Depois de viver por toda a vida perto da menina, a nega finalmente se sentia a vontade para sussurrar seu nome. A sensação foi e sempre será indescritível. Caso venham a lhe perguntar, a menina não sabe e talvez nunca saiba descrevê-la: se é baixa, gorda, magra, alta, etc, mas ela se permitia entender das sutilezas daquela preta, das sutilezas que só a intimidade pode nos dar: a voz mansa, o coração inflado de amor, a paciência... aaah essa paciência que sempre lhe faltara..em tudo: na profissão, nas amizades, nos amores, nos estudos, na familia. A verdade é que já havia conquistado um tantão dela, mas ainda faltava, e agradecia a Deus, por ter alguém que pudesse lhe ensinar sobre isso. Por hora, isso era tudo o que podia e sabia falar da preta. Sabendo que talvez nunca consiga falar exatamente tudo o que este ser representa em sua vida, a menina passou a agradecer sua presença todos os dias ao se levantar e ao se deita, afinal, sentia que a preta estava sempre ali e aqui.

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