sábado, 14 de novembro de 2009

Por saber que lhe faltava habilidades, pediu para a irmã, um desenho. Queria um balão e cores fortes. Tinha certeza que já havia andado de balão quando criança.. mas não sabia ao certo se era verdade ou invenção. Mas lembrava da sensação... da sensação de flutuar, de ver o mundo por cima, como se não fizesse parte dele. A palavra mais correta para descrever este sentimento é a inércia.. e era assim que se sentia nos últimos dias: não fazia parte da propria vida, saia de casa com objetivos claros, e não fazia parte deles. foi em uma dessas saídas que entendeu o que estava acontecendo. era tempo de se respeitar e de respeitar o tempo das coisas. e esse exercicio lhe fundia a cabeça. era a coisa mais dificil do mundo. ela queria era crescer mais rápido, aprender rápido, ser independente mais rapido.. era essa a batalha rotineira . mas começava a perceber que o mundo deveria dar a volta exata para que as coisas se encaixassem. e percebia também que querer que as coisas aconteçam e fazer com que elas se façam não dependia só dela.
era preciso plantar e não colher. era preciso respirar fundo.

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